Implacável, estressada, descontrolada. That’s me, baby (e isso é só um arranhão na superfície. Tem muita sujeira ainda no subsolo).

Implacável? Bom... eu me acho QUASE um doce, mas devo ser implacável mesmo, porque duas das pessoas com quem mais falo atualmente me chamaram assim (com direito a narração estilo Galvão Bueno: “ela é implacáaaaaavellll!!!!!”). E uma terceira usou outros termos pra dizer o mesmo.

Estressada? Com certeza. Sobretudo considerando que sou professora e que os Gremlins (alunos) são maus como pica-paus.

Só que tem um detalhe: eu não domestico gremlins o ano todo. Aliás estou num resquício de férias ainda. Foi um mês inteirinho sem essas criaturas bizarras, giz e todos os outros aparelhos e situações desumanas que compõem aquela entidade opressora chamada escola.

Então, qual é a minha desculpa pra tanto estresse??

Não sei. E muito menos pro descontrole.

É impressionante como eu não estou conseguindo NÃO demonstrar TODOS os meus sentimentos. Se não for verbalmente é chorando copiosamente ou ainda tacando coisas no chão (quando começar a tacar nas pessoas acho que me internam).

Parece que entre meu coração e minha pele havia um filtro, que depois de 25 anos ficou entupido.

“Ah, mas é bacana demonstrar os sentimentos”. É... até a página dois, né, xuxu. No dia-a-dia a gente PRECISA segurar as emoções, senão você acaba envolvendo todo mundo na sua vida.