Então o baby estava há dias sem fazer cocô (algo surpreendentemente ruim). A pediatra disse que isso é comum e não é preocupante quando o bebê se alimenta apenas de leite materno. Mas é claro que a mãe fica preocupada assim mesmo.
Seis dias se passaram com as fraldas limpas e meu coração apertado, até que o anjinho resolveu abrir a porteira. Nunca vi tanta merda na vida. E nunca imaginei que ficaria feliz com isso. Até cantei “parabéns”.
Realmente a maternidade muda a perspectiva que temos das coisas.
Um banho quente de vinte minutos ganha um valor inestimável. Digitar a numeração dos códigos de barras com uma mão é irritante, mas ir ao banco é impossível. Venderia meu próprio pai (a mãe não! A MÃE NUNCA!!!) por uma noite de 6 horas de sono ininterruptas. Por outro lado, pentear o cabelo se revelou algo totalmente obsoleto, sobretudo quando a única pessoa sexualmente interessante não pode se interessar sexualmente por mim devido ao resguardo – aliás, não dá nem pro pobre usufruir os peitos “gigantes” (para os meus padrões) porque além do resguardo, ainda se corre o risco de tomar um jato de leite nos córnios. O dia vai embora e eu não consigo fazer nada. Essa minha pessoinha simplesmente não dorme de dia (mas GRAÇAS A DEUS dorme dois ou três sonos de duas ou três horas a noite. Então só pra constar: DEUS, NÃO ESTOU RECLAMANDO).
Hoje, milagrosamente, o imperador está aqui do lado tirando o sono dos justos. E eu simplesmente não sei o que fazer com esse tempo então estou aqui escrevendo (porque banho eu já tomei).
E se alguém vier me falar de dia dos namorados vai levar um peteleco.
Mas pelo menos a vista é bonita...